Era uma vez
uma gatinha esplendorosa. Munga tinha os
olhos azuis que se fechavam bem
devagarinho. A cauda preta balançava de alegria de um lado pro outro. O pelo
era marrom macio, e as patinhas pareciam ter pisado a neve: vestidas sempre com
meias brancas. Dizer que aquela gata era bonita eu diria não ser muito justo,
ela era mesmo esplendorosa.
Mas ela andava triste. Se davam Bom dia
ela dizia:
- Naummmm
Tudo bem?
- Naummmmm.
Os dias eram
um doído não. Ou talvez um oiiimmm. Aquilo era toda hora, todo minuto, todo
segundo, sempre. A gatinha resmungava
sem parar. Não comia, não brincava, não sorria. Pulava o muro para a
casa vizinha, queria fugir do nauuummmmm. Voltava no final da tarde e tudo
continuava doído e triste como um não ou:
- Oiiimmm,
ummmm, naoooummm, aiiiiii, aiiiii.
Por que
resmunga Munga?
- aimmmmmm.
Alguém pegou
ela no colo e ela chorou um miado mais agudo ainda. Alguém encostou na patinha
e o maior nãummmm do mundo pulou lá de dentro. Alguém segurou a patinha de
Munga e viu: um sinalzinho preto pra fora, querendo sair mas não podia.Era o
espinho da roseira que morava ali, a quanto tempo ninguém sabia.
Alguém puxou
o espinho com força, com tanta força que quase arrancou o pé
de roseira inteiro do espinho. Munga amanheceu feliz.
Bom dia
Munga
- Miauuu!
e saiu
balançando seu rabinho esplendoroso.
Às vezes o
que não nos deixa sorrir é só um espinho no pé.
L.A
Linda historinha...
ResponderExcluirAmei!!!
Grata pela visita, volte sempre.
ExcluirNossos espinhos muitas das vezes não sabemos tirá-lo é preciso ser olhado, ser sentido, e tocado...
ResponderExcluirObrigada pela visita.
Excluir